CBF e Ministério do Trabalho Firmam Acordo para Combater Assédio no Futebol

Publicado em jun 29

14 Comentários

CBF e Ministério do Trabalho Firmam Acordo para Combater Assédio no Futebol

CBF e Ministério do Trabalho Firmam Acordo para Combater Assédio no Futebol

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) firmaram um acordo histórico para combater o assédio sexual e moral no ambiente do futebol. Esse compromisso é o resultado de uma ação civil movida pelo MPT em 2021, após a revelação de um caso envolvendo o então presidente da CBF, Rogério Caboclo.

Contexto do Acordo

Em 2021, o MPT entrou com uma ação civil contra a CBF depois que vieram à tona denúncias de assédio moral e sexual contra o então presidente da entidade. As revelações causaram uma grande repercussão, não só dentro do Brasil, mas também internacionalmente, levando a questionamentos sobre a cultura e as práticas no esporte mais popular do país. A pressão movida por essas denúncias foi um gatilho para que fossem estabelecidas medidas rigorosas de combate a esses tipos de abuso.

Medidas Previstas

O acordo firmado prevê uma série de obrigações para a CBF. Entre as principais medidas, destaca-se a intolerância à prática de qualquer tipo de assédio, seja moral ou sexual. A CBF compromete-se a implementar ações preventivas e educativas, com o objetivo de criar um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos os seus colaboradores. Caso essas medidas não sejam cumpridas, a entidade estará sujeita ao pagamento de multas.

Um dos pontos mais importantes do compromisso é o fortalecimento dos canais internos de denúncia, que serão otimizados para garantir que os trabalhadores possam reportar qualquer tipo de assédio sem medo de represálias. A proteção contra retaliação é um aspecto fundamental do acordo, assegurando que todos os colaboradores sintam-se seguros ao denunciar abusos.

Treinamentos e Capacitações

Para reforçar essa política de combate ao assédio, a CBF realizará treinamentos periódicos com todos os seus funcionários. Essas capacitações serão promovidas com a participação de membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (CIPA). O objetivo desses treinamentos é conscientizar todos os níveis da organização sobre a importância de manter um ambiente de trabalho livre de assédio e promover uma cultura de respeito e equidade.

Impacto no Futebol Brasileiro

Essa iniciativa da CBF em parceria com o MPT sinaliza uma mudança importante no futebol brasileiro. Historicamente, o esporte tem sido marcado por situações de abuso e assédio, muitas vezes encobertas ou não denunciadas devido ao medo de represálias. Com a implementação dessas medidas, espera-se que a CBF sirva como exemplo para outras organizações esportivas do país, promovendo um ambiente mais saudável e inclusivas.

A adoção de políticas claras e rigorosas contra o assédio pode também melhorar a imagem do futebol brasileiro no cenário internacional, mostrando um compromisso com os direitos humanos e o bem-estar dos seus profissionais, dentro e fora dos campos.

Desafios e Próximos Passos

Ainda há muitos desafios pela frente. A implementação efetiva dessas medidas exigirá um esforço contínuo e monitoramento rigoroso para garantir que as políticas sejam devidamente seguidas e que as mudanças aconteçam na prática. A fiscalização por parte do MPT será crucial para o sucesso a longo prazo desse acordo.

Além disso, a mudança cultural dentro das organizações de futebol é um processo gradual. Será necessário um comprometimento genuíno de todos os envolvidos, desde a alta administração da CBF até os membros das comissões internas e os próprios atletas. Promover um ambiente de respeito e igualdade é uma responsabilidade coletiva.

Em conclusão, o acordo entre a CBF e o MPT marca um passo significativo na luta contra o assédio moral e sexual no futebol brasileiro. A implementação eficaz dessas medidas preventivas e de apoio pode transformar o ambiente de trabalho no esporte mais amado do país, garantindo segurança e dignidade para todos os seus profissionais.

14 Comments

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    Pedro Mendes

    junho 30, 2024 AT 16:42
    Isso é só um show de mídia. A CBF sempre soube dos abusos, mas só agiu quando virou manchete. O sistema tá podre até a medula, e esse acordo é só um adesivo em uma parede rachada.
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    Antonio Augusto

    julho 2, 2024 AT 06:46
    mano o futebol sempre foi assim tipo se vc n aguentar o calo n entra no jogo kkkk
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    Cristiano Govoni

    julho 3, 2024 AT 08:30
    ISSO AQUI É O COMEÇO DE UMA REVOLUÇÃO! NÃO É SÓ UM ACORDO, É UM SINAL DE QUE O FUTEBOL BRASILEIRO PODE SER MELHOR! CADA DENÚNCIA, CADA TREINAMENTO, CADA MUDANÇA NO CULTURA É UM PASSO PARA UM ESPORTE QUE RESPEITA AS PESSOAS! VAMOS EM FRENTE!
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    Leonardo Cabral

    julho 4, 2024 AT 01:57
    Essa é a esquerda metendo o nariz onde não é chamada. Futebol é paixão, não é bureau de RH. Se a mulher não aguenta, que vá fazer outro trabalho. Não precisamos de politização no campo.
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    Pedro Melo

    julho 4, 2024 AT 05:50
    A implementação deste acordo, embora tecnicamente robusta, carece de uma avaliação de impacto longitudinal e de métricas de eficácia quantificáveis. Sem indicadores claros de conformidade e sem auditorias independentes, este é um documento simbólico, não estrutural. A retórica não substitui a governança.
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    Guilherme Tacto

    julho 5, 2024 AT 04:29
    Alguém já parou para pensar que isso é uma armadilha da ONU? O MPT tá sendo usado como ferramenta de influência externa pra desmantelar a cultura nacional do futebol. Tudo isso foi planejado pra enfraquecer a CBF antes da Copa. E os que aplaudem nem percebem.
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    Suzana Vidigal Feixes

    julho 5, 2024 AT 08:57
    o ponto é que a CIPA precisa ser mais ativa e integrada ao processo de denúncia com protocolos de triagem psicossocial e acompanhamento contínuo não só pro denunciante mas pro denunciado também porque o trauma é sistêmico e não individual
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    Mayara De Aguiar da Silva

    julho 6, 2024 AT 14:17
    eu acho que isso é tão importante porque muita gente sofre em silêncio e nunca fala. eu conheço gente que saiu do futebol por causa disso, e não por falta de talento, mas por causa do clima tóxico. se isso ajudar uma única pessoa a se sentir segura, já valeu. não é só regra, é sobre humanidade mesmo.
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    Gabriela Lima

    julho 7, 2024 AT 10:29
    eu fiquei pensando se os treinamentos vão incluir os atletas também, porque muitas vezes o assédio não vem só da administração, mas de colegas, de torcedores, de até mesmo da mídia que trata as mulheres como objetos. e se a CBF não envolver todo o ecossistema, o acordo fica só no papel. tem que mudar a cabeça de todo mundo, não só dos funcionários da sede.
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    nyma rodrigues

    julho 8, 2024 AT 12:09
    finalmente algo de bom. era só o que faltava.
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    Suellen Krieger

    julho 8, 2024 AT 16:45
    é como se a gente estivesse tentando curar um câncer com band-aid... esse acordo é um grito de dor que ninguém quer ouvir... mas se não mudar o coração das pessoas, tudo isso vai virar um memorial para o que nunca foi feito...
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    Suellen Buhler

    julho 9, 2024 AT 21:25
    Eles vão usar isso pra esconder os casos reais. A CBF vai criar um sistema de denúncia só pra parecer que faz algo. Enquanto isso, os abusos continuam em silêncio. É tudo fachada.
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    Alexandre Silva

    julho 10, 2024 AT 17:20
    ahhh sim claro... agora a CBF vai virar uma ONG de direitos humanos. Enquanto isso, o Flamengo tá perdendo no campeonato e ninguém lembra que o futebol é pra ser divertido, não pra ter reuniões de RH. Mas claro, quem gosta de futebol hoje em dia é só o pessoal que lê editais.
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    Thiago Rodrigues

    julho 12, 2024 AT 10:54
    É triste ver como a sociedade perdeu o rumo. O futebol era um espaço de liberdade, de paixão, de masculinidade saudável. Agora tudo precisa ser politicamente correto, como se o esporte fosse um escritório de banco. O que virá depois? Multas por gritar gols?

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