Itália supera pressão e vence Moldávia por 2 a 0 nas Eliminatórias com mudanças no comando técnico

Publicado em jun 10

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Itália supera pressão e vence Moldávia por 2 a 0 nas Eliminatórias com mudanças no comando técnico

Vitória italiana marcada por reviravoltas e mudança no comando

Nem parecia um jogo de Eliminatórias da Copa do Mundo, mas sim um teste psicológico para a seleção da Itália em Reggio Emilia. No dia 9 de junho de 2025, a vitória por 2 a 0 sobre a Moldávia não só valeu a terceira colocação no grupo, como também simbolizou o fim de um ciclo turbulento, marcado pela saída do técnico Luciano Spalletti. E olha que começou com susto: logo nos primeiros minutos, Ion Nicolaescu quase mudou tudo ao balançar as redes para a Moldávia — mas o VAR entrou em ação e anulou o gol por impedimento. Silêncio desconfortável nas arquibancadas e alívio para o torcedor italiano.

A Itália estava pressionada. Vinha de um resultado amargo: derrota por 3 a 0 para a Noruega e demissão de Spalletti, que comandou o time pela última vez nessa partida. Sob olhares desconfiados e a necessidade de resposta, os italianos foram encontrando espaços. Raspadori, atacante do Napoli, resolveu fazer o dele aos 40 minutos do primeiro tempo. Aproveitou a primeira chance clara, driblou a marcação e chutou forte, sem chances para o goleiro moldavo. O gol solto desencadeou outra postura em campo e diminuiu o nervosismo que rondava o banco da Azzurra.

Já nos acréscimos da etapa inicial, quem brilhou foi Davide Cambiaso. O lateral, conhecido mais pelo apoio defensivo do que por decidir jogos, apareceu como elemento surpresa pela esquerda. Recebeu lançamento, invadiu a área e chutou cruzado: 2 a 0, placar heróico diante de um adversário que parecia disposto a complicar a vida dos donos da casa. O gol praticamente matou o jogo e deixou a torcida enfim com motivos para sorrir depois de semanas turbulentas.

Mudanças, crise e próximos desafios

Não dá para ignorar o contexto: a demissão de Spalletti foi resultado direto da derrota acachapante para a Noruega, um dos concorrentes diretos do grupo. Spalletti vivia uma relação balançada com o elenco e parte dos torcedores já pedia o fim de seu ciclo antes mesmo deste tropeço. Seu último ato no comando envolveu justamente esta vitória, mais simbólica do que tranquila, pois a equipe ainda precisa convencer com atuações mais sólidas.

Mesmo com três pontos preciosos, a Itália segue com menos partidas disputadas que Noruega e Israel, os dois principais rivais do grupo. Essa diferença de jogos faz crescer a pressão sobre o elenco, forçado a pontuar nas partidas restantes e evitar novos tropeços que possam ameaçar a classificação ao Mundial de 2026. O próximo compromisso já começa a gerar conversas: duelo contra a Estônia, marcado para o dia 5 de setembro. É o típico jogo em que a Itália não pode relaxar — três pontos se fazem essenciais para manter viva a esperança.

Do outro lado, a Moldávia mostra que, apesar do começo animado diante dos italianos, ainda sofre para somar pontos. É lanterna do grupo, sem nenhum ponto em três jogos, e já projeta a partida diante de Israel como uma das últimas chances de reação. Para eles, a classificação parece mais distante a cada rodada.

O ambiente da seleção italiana muda, mas o sinal de alerta permanece ligado. O grupo ainda aprende a conviver sem Spalletti, enquanto jogadores como Raspadori e Cambiaso se firmam como peças importantes. A corrida por uma vaga na Copa do Mundo continua turbulenta, com cada rodada trazendo uma nova história para quem acompanha de perto a trajetória da Azzurra.

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