Se você ainda não percebeu, o universo da televisão nunca mais será o mesmo. Trey Parker e Matt Stone, os cabeças por trás de South Park, acabaram de fechar um acordo de US$ 1,5 bilhão com a Paramount Plus. Em cinco anos, o streaming vai ter exclusividade total da série, e os dois criadores agora contam com o título de bilionários. Não é exagero dizer que esse é um dos maiores momentos da história das negociações de conteúdo.
Como o acordo foi fechado
O caminho até o contrato foi cheio de perrengues. No começo de 2025, a Comedy Central retardou a estreia da 27ª temporada porque ainda não tinha acertado todos os detalhes de distribuição. Enquanto isso, David Ellison, da Sky Dance Media, estava finalizando a compra da Paramount. O clima ficou tenso: Parker e Stone usaram as redes sociais para criticar o que chamaram de "uma fusão que está estragando South Park".
Depois de algumas idas e vindas, a solução apareceu em duas frentes: primeiro, o streaming deal foi concluído numa segunda‑feira; depois, na quinta‑feira seguinte, a Federal Communications Commission deu o aval à aquisição da Paramount pela Sky Dance. Tudo se alinhou, e o contrato de US$ 1,5 bilhão foi assinado.
- Valor: US$ 1,5 bilhão por cinco anos.
- Direitos: distribuição global, incluindo novos episódios e todo o acervo.
- Propriedade: Parker e Stone mantêm 100% da inteligência da série.
Esse detalhe de propriedade foi conquistado em 2016, quando os criadores compraram a parte que pertencia ao ex‑sócio Rain. Desde então, todo lucro vai direto para eles, sem intermediários. Essa estratégia de manter controle total sobre a marca foi crucial para transformar a série em um verdadeiro império.
O que isso significa para a indústria
Para a Paramount Plus, ter South Park como exclusividade é um baita trunfo. A série tem fãs de várias gerações e ainda gera burburinho ao tocar em temas atuais com aquela irreverência característica. Em um mercado saturado, onde as plataformas disputam cada assinatura, conteúdo premium como esse pode ser o diferencial que faz alguém escolher um serviço e não outro.
Para criadores, o caso serve de inspiração. Mais do que o dinheiro, ele mostra que quem controla a propriedade intelectual tem muito mais poder de barganha. Muitos roteiristas ainda trabalham sob contratos que dão a maior parte dos lucros às redes ou aos estúdios. Parker e Stone provaram que, com visão estratégica, dá para virar o jogo.
- Manter a propriedade da marca.
- Negociar direto com plataformas de streaming.
- Exigir termos que garantam participação nos lucros futuros.
Analistas apontam que esse acordo pode virar um marco para futuras negociações. Se uma série de desenho animado consegue esse patamar, quem mais não vai tentar? O movimento deve pressionar redes tradicionais a repensar suas ofertas e talvez abrir mais espaço para acordos de royalties mais justos.
E não é só sobre grana. O sucesso de Parker e Stone demonstra como um programa que começou como um experimento de animação com recortes de papel nos anos 90 pode se tornar um fenômeno global, mantendo o tom provocativo e a crítica social que sempre o caracterizou. A história deles – de universitários a magnatas da mídia – tem tudo para virar manual de empreendedorismo criativo.
Enquanto a Paramount Plus prepara a estreia da nova temporada, o resto da indústria fica de olho. Cada anúncio de renovação ou de compra de direitos agora vem acompanhado de um "e quanto?” – a pergunta que mudou o jogo nos bastidores de Hollywood.
José Lucas de Oliveira Silva
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