Se você nunca ouviu falar de Fahrenheit 451, está na hora de mudar isso. O livro do autor norte‑americano Ray Bradbury foi publicado em 1953 e desde então virou referência quando o assunto é censura e manipulação da informação. A história se passa num futuro onde os livros são proibidos e queimados por equipes especiais chamadas de "bombeiros". O título já dá a ideia do clima explosivo: 451 graus Fahrenheit é a temperatura exata em que o papel pega fogo.
O protagonista, Guy Montag, é um bombeiro que segue a rotina de queimar livros sem questionar. Tudo muda quando ele conhece Clarisse, uma vizinha curiosa que o faz refletir sobre a vida e o sentido da leitura. Depois de descobrir que a esposa, Mildred, está viciada em telas e ignorante sobre o mundo real, Montag começa a roubar e ler livros escondidos. Essa descoberta desencadeia uma crise interna que o leva a fugir, encontrar um grupo de dissidentes que memorizam obras para preservá‑las e, finalmente, a esperar por outra era de liberdade.
O romance aborda vários temas que ainda são atuais: censura, controle da mídia, alienação tecnológica e o poder da literatura para transformar pessoas. Bradbury mostra como a sociedade pode se tornar apática quando troca o pensamento crítico por entretenimento superficial. O livro também levanta a pergunta: até que ponto a tecnologia pode nos afastar da realidade? Montag representa a jornada de quem desperta para a importância da cultura escrita, enquanto os bombeiros simbolizam a força que tenta silenciar vozes dissidentes.
Além dos temas óbvios, há curiosidades que vale a pena lembrar. Por exemplo, Bradbury escreveu a obra em apenas duas semanas, impulsionado por medo de uma "era de apagões". O número 451 foi escolhido por ser a temperatura de combustão do papel, mas alguns cientistas apontam que a temperatura real seria um pouco maior. Também há adaptações para cinema, teatro e até videogame, cada uma interpretando a mensagem de forma diferente.
Hoje, mais de setenta anos depois, Fahrenheit 451 ainda aparece nas listas de leitura obrigatória nas escolas brasileiras. Sua mensagem ecoa em questões como fake news, bloqueio de conteúdo nas redes sociais e debates sobre liberdade de expressão. Por isso, vale a pena revisitar o livro, seja para entender a história ou para refletir sobre o papel da informação nos nossos dias. Se ainda não leu, que tal começar agora? A leitura pode ser o primeiro passo para mudar o mundo ao seu redor.
Publicado em jul 27
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O primeiro título selecionado para o clube do livro de Felipe Neto, o clássico Fahrenheit 451 de Ray Bradbury, alcançou o topo da lista de mais vendidos da Amazon. Este sucesso reflete a influência significativa de Neto, um famoso YouTuber e escritor brasileiro, que lançou seu clube do livro com o objetivo de promover a leitura e discutir literatura.