
Um primeiro embate desastroso em Quito
Na noite de 15 de julho, o Independiente del Valle recebeu o Vasco da Gama no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, e impôs uma vitória avassaladora por 4 a 0. O técnico espanhol Javier Rabanal aproveitou a expulsão precoce de Lucas Pitón, que recebeu o segundo cartão amarelo ainda nos primeiros minutos, para reorganizar a equipe e conquistar o controle total da partida.
Mateo Carabajal abriu o placar aos 12 minutos, seguido por um gol de Patrick Mercado aos 27. O argentino Patrick ainda completou um brace aos 39, enquanto Claudio Spinelli anotou o último tanto antes do intervalo, ampliando a vantagem para 4 a 0. A defesa vascaína, despedaçada, não conseguiu conter o ritmo ofensivo equatoriano, que se mostrava sólida tanto na marcação quanto na finalização.
Esse resultado deixou o Vasco em uma situação quase impossível: precisava de uma reviravolta incomum na partida de volta, quando retornaria ao São Januário, na zona leste do Rio de Janeiro.

O retorno no São Januário e o fim da esperança
No dia 22 de julho, diante de uma torcida que esperava milagre, o Vasco chegou ao São Januário com a missão de apagar o placar. A equipe entrou em campo com a postura defensiva, mas tentava ainda pressionar nos contra-ataques. No entanto, o Independiente mostrou mais uma vez sua disciplina tática, mantendo o controle do meio‑campo e impondo um ritmo que silenciou o estádio.
O primeiro gol da partida saiu aos 37 minutos, quando Claudio Spinelli, que já havia marcado no primeiro jogo, aproveitou um cruzamento e mandou a bola ao fundo das redes com um cabeceio preciso. O gol de Spinelli, que trouxe o placar para 1 a 0, praticamente fechou a porta para qualquer recuperação vascaína.
O Vasco reagiu apenas no segundo tempo. Pablo Vegetti, artilheiro argentino do clube, marcou o único gol da equipe aos 66 minutos, usando a cabeça após um escanteio bem batido. O gol trouxe esperança momentânea, mas o dano já estava feito: o placar agregado ficava em 5 a 1, e o Vasco precisava de mais três gols nos últimos 30 minutos – um feito praticamente impossível contra uma defesa organizada e um goleiro em alta, Guido Villar.Além do aspecto tático, a partida evidenciou a falta de criatividade no meio‑campo vascaíno. Os meias não conseguiram ligar o jogo, as laterais foram apagadas pelos laterais equatorianos e a pressão alta não se sustentou por muito tempo.
Com o apito final, a eliminação foi confirmada. O Vasco da Gama juntou-se a outros clubes brasileiros que saíram precocemente da Copa Sudamericana, como o Bahia, citado nas manchetes como eliminado na mesma rodada.
Para o Independiente del Valle, a vitória abre caminho para a fase de oitavas de final, onde enfrentará o Mushuc Runa, outro representante equatoriano. O técnico Javier Rabanal destacou a importância da solidez defensiva combinada ao aproveitamento das oportunidades de bola parada, estratégia que tem rendido bons frutos ao clube nos últimos anos.
Já o Vasco agora volta sua atenção ao Campeonato Brasileiro, onde a luta contra o rebaixamento ainda é intensa. A diretoria já sinalizou que haverá uma revisão profunda da comissão técnica e do elenco, especialmente nas áreas que mostraram fragilidade nas partidas continentais.