Quando alguém usa poder ou intimidação para deixar outra pessoa desconfortável, estamos falando de assédio. Não importa onde acontece – no trabalho, na escola, online ou nas ruas – o impacto pode ser grande e prejudicar a vida da vítima.
O assédio vem em várias formas. O sexual costuma envolver comentários, toques ou propostas indesejadas. O moral (ou bullying) foca em humilhações, difamações e pressão psicológica. No ambiente de trabalho, o assédio pode ser de poder, quando um superior exige favores ou cria um clima hostil. E nas redes sociais, o assédio digital inclui mensagens ofensivas, perseguição e divulgação de conteúdo íntimo sem consentimento.
Os sinais são simples: sentir medo, ansiedade ou vergonha ao pensar em ir a determinado lugar ou falar com certa pessoa; receber mensagens que deixam desconfortável; perceber que alguém tenta controlar suas decisões. Se algo parece errado, provavelmente está.
Primeiro, registre tudo. Salve mensagens, tire prints, anote datas e detalhes. Esse registro será essencial para quem for investigar.
Depois, procure o canal adequado. No Brasil, o Disque 180 recebe denúncias de assédio sexual e moral. Você também pode ir ao setor de Recursos Humanos da empresa, ao sindicato da categoria ou ao Ministério Público. Em casos de violência física, procure a delegacia ou ligue para a polícia.
Se precisar de apoio psicológico, existem ONGs como a Casa da Mulher Brasileira e a Instituto Alana que oferecem atendimento gratuito. Não hesite em conversar com amigos ou familiares de confiança – eles podem ajudar a manter a calma e orientar os próximos passos.
Para empregadores, a lei pede a criação de canais internos de denúncia e treinamento obrigatório sobre assédio. Manter um ambiente respeitoso reduz o risco de litígios e protege a saúde mental de todos.
Lembre‑se: denunciar é um ato de coragem, mas também é sua forma de impedir que o agressor continue machucando outras pessoas. Cada relato ajuda a construir um ambiente mais seguro.
Se você chegou até aqui, provavelmente tem dúvidas ou está passando por algo semelhante. Use as informações acima para agir: registre, procure ajuda e não deixe o silêncio vencer.
Publicado em jun 29
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A CBF e o Ministério do Trabalho celebraram um acordo para combater o assédio sexual e moral no futebol. Em resposta a uma ação civil de 2021, o acordo prevê medidas preventivas, canais de denúncia fortalecidos e treinamentos periódicos para todos os colaboradores.