Se você curte músicas que misturam rock, psicodelia e até elementos de jazz, provavelmente já ouviu falar do rock progressivo, ou prog rock. Mas o que exatamente define esse estilo? Em poucas palavras, são faixas longas, mudanças de ritmo, letras abstratas e muita experimentação sonora. Vamos entender de onde tudo isso surgiu e o que está rolando hoje.
O prog rock nasceu no fim dos anos 60, quando bandas britânicas começaram a buscar algo além do som de três acordes do pop da época. Grupos como Pink Floyd, Yes e Genesis foram os pioneiros, criando álbuns conceituais que pareciam pequenas obras de teatro musical. Eles usavam sintetizadores, teclados extensos e até orquestras, tudo para levar a experiência do ouvinte a outro nível.
Um marco importante foi o álbum "Close to the Edge" do Yes (1972). Com músicas que ultrapassam 20 minutos, a banda mostrou que o rock podia ser tão complexo quanto a música clássica. Ao mesmo tempo, o Pink Floyd lançava "The Dark Side of the Moon", que combinava letras sobre alienação e sons experimentais, conquistando tanto críticos quanto o público mainstream.
Depois da década de 80, o prog rock perdeu um pouco de força, mas nunca desapareceu. Nos últimos anos, novas gerações têm revivido o estilo, trazendo influências modernas como o metal, o eletrônico e até o folk. Bandas brasileiras como Violeta de Outono e Almah (quando faz prog) têm lançamentos que misturam a tradição do prog com toques locais.
Nos serviços de streaming, playlists como "Prog Classics" ou "New Prog" ajudam a descobrir tanto os veteranos quanto os artistas emergentes. Entre os lançamentos mais comentados de 2024 está o álbum "Chronicles" da banda inglesa Steven Wilson, que combina storytelling complexo com produção impecável.
Se você quer começar a ouvir prog rock hoje, experimente as seguintes trilhas:
Essas músicas mostram bem a variedade de texturas e dinâmicas que o prog pode oferecer. Além disso, festivais como o ProgPower USA ou o ProgInThePark no Brasil são ótimos lugares para curtir shows ao vivo e trocar ideias com outros fãs.
Então, da próxima vez que estiver procurando algo diferente da radiozão, dê uma chance ao rock progressivo. Você pode acabar descobrindo uma nova paixão musical que combina criatividade, técnica e emoção em cada acorde.
Publicado em set 9
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Morreu aos 81 anos, em East Hampton, o músico Rick Davies, cofundador e uma das vozes do Supertramp. Ele lutava contra mieloma múltiplo há mais de uma década. Pianista de mão cheia, Davies ajudou a moldar o som do rock progressivo com o Wurlitzer e clássicos como Goodbye Stranger. O álbum Breakfast in America vendeu mais de 18 milhões e rendeu dois Grammys.